Nem todo o tempo de ecrã é mau

Será que a tecnologia pode ajudar-te a ser mais criativo, mais conectado e mais presente?

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Leonor
by Leonor ·

Os tempos mudaram depressa, e hoje passamos muito tempo a olhar para um ecrã. Entre telemóvel, computador e televisão, estamos a falar de cerca de 7 horas por dia a olhar para… píxeis. É muito, todos concordamos. Estamos fartos de ouvir o mesmo, mas mesmo assim parece difícil — ou até impossível — mudar alguma coisa.


O sollō nasceu da vontade de afastar as pessoas dos ecrãs. Não só durante a experiência nas nossas cabins, mas também no dia-a-dia. Mas vamos lá a ser honestos: nem todo o tempo de ecrã é tempo perdido! Não somos anti-ecrãs, não vivemos sem tecnologia — e, aliás, estamos neste momento a olhar para um computador para te escrever este artigo.


É simples: acreditamos que a tecnologia pode funcionar a nosso favor, se soubermos usá-la com intenção.


O desafio é este — garantir que ela nos dá mais qualidade de vida do que aquela que nos tira.


Um exemplo (simples, e um pouco utópico, mas útil): imagina uma pessoa que usa o smartphone apenas para: ligar às pessoas que mais ama, quando não as pode ver (conexão); ver tutoriais para aprender novas competências e encontrar trabalho (desenvolvimento); gravar memórias que importam; ter ajuda quando precisa (usar uma app de meditação às 3h da manhã, ou ligar a um amigo no meio de uma crise de ansiedade)

vs. o comum dos mortais: horas de scroll infinito; vídeos aleatórios em auto-play; abrir o telefone de 5 em 5 minutos para responder a mensagens de grupos do WhatsApp que drenam energia e foco.


O mesmo telefone que pode ser uma ferramenta poderosa, também pode sugar tempo, atenção e energia. 

Mas há (alguma) esperança. 


Aqui ficam 4 ideias simples para começares a reformular a tua relação com o telefone:


1. Um segundo de consciência

Começa por mudar a forma como vês o teu telemóvel: pensa nele como uma ferramenta, não como o teu melhor companheiro. Da próxima vez que pegares nele, tenta tirar 1 segundo e refletir: "Vou usá-lo para algo útil ou só para preencher o momento?"

💡 Dica: muda o fundo do ecrã para uma imagem que te lembre que ele é uma “Ferramenta”, ou cola um autocolante que te lembre disso.


2. Lembra-te da tua infância

Pensa em ti quando eras criança: o que te fazia feliz? Cantar? Pintar? Jogar às cartas? Cozinhar?

Essas paixões continuam aí. Fecha isto, limpa a guitarra, vai buscar as aguarelas, ou pega naquele livro de receitas que nunca exploraste a sério. O tempo dedicado às nossas paixões offline é infinitamente mais gratificante do que mais uma hora ao telefone.


3. Adota estratégias simples

Duas ideias para já:

  • Define uma zona da casa (ou do trabalho) onde deixas o telefone longe da vista. Vai ser mais fácil "desligares" alguns momentos.

  • Usa os limites de tempo do próprio smartphone para controlar o uso de apps — é mais fácil do que parece.

Se o teu grau de dependência do telefone for mesmo muito grande, uma sugestão mais radical: troca o smartphone por um “telemóvel à antiga” durante uns tempos.

Dá uma vista de olhos no LightPhone — um telefone desenhado para ser usado o mínimo possível.

Ou, claro, também podes tirar 48h offline numa das nossas digital detox cabins para fazeres um reset. 

Passo a passo, podes começar a usar o teu telemóvel mais como uma ferramenta em vez de apenas uma distração. E, quando isso acontece, a tecnologia pode realmente ajudar-te a ser mais criativo, mais conectado e mais presente.

Ela está do teu lado — mas o controlo é sempre teu.